Análise da série The Walking Dead (1ª temporada)


Durante uma operação para interromper a fuga de três bandidos, o policial Rick Grimes (Andrew Lincoln) é baleado e levado até um hospital. Quando acorda do coma, Rick encontra um mundo completamente diferente daquele que ele tinha visto pela última vez. Andando pelos corredores do hospital, ele percebe que o local tinha sido abandonado e parcialmente destruído. Chegando no lado de fora, as pilhas de corpos eram um indicativo da gravidade da situação. Os veículos apontavam que os militares em algum momento estiveram na área, mas agora não havia nenhum sinal deles.

Não entendendo nada do que estava acontecendo, Rick vai até a sua residência na esperança de achar sua família, mas o que ele encontra é uma casa totalmente vazia. As gavetas abertas eram um indício de que Lori (Sarah Wayne Callies), sua esposa, e Carl (Chandler Riggs) seu filho, poderiam ter deixado o local propositalmente, mas não havia como ter certeza disso. Ao sair da casa, o policial é abordado por Morgan (Lennie James) e seu filho Duane (Adrian Kali Turner), que lhe prestam auxílio, já que ele estava fraco fisicamente, e contam o que aconteceu no período em que ele esteve desacordado.


Sem ter a mínima ideia do paradeiro da esposa e do filho, Rick decide partir para Atlanta, depois de Morgan dizer que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças havia criado uma zona de quarentena na cidade. Se Lori e Carl tivessem procurado um lugar seguro quando tudo começou, a chance deles estarem lá era muito grande. Antes de seguir adiante, o protagonista vai até a delegacia pegar as armas que ainda estavam lá e, como forma de agradecimento, compartilha com Morgan algumas delas. Os dois também combinam uma estratégia para tentar manter contato via walkie-talkie, mas na prática isso acaba não funcionando.

Chegando na capital da Geórgia, Rick se depara com uma cidade completamente infestada por zumbis, sem nenhum sinal de que havia um lugar seguro nas redondezas. Cercado pelos mortos-vivos, o protagonista é obrigado a buscar abrigo dentro de um tanque de guerra que estava abandonado em uma das ruas da metrópole. Sair de lá sozinho certamente seria um desafio, mas por sorte ele recebe o auxílio de um desconhecido, via rádio, e consegue deixar o veículo. O autor da voz misteriosa é Glenn (Steven Yeun), um coreano que andava pela cidade junto com alguns sobreviventes, enquanto o restante de seu grupo permanecia acampado na parte elevada de uma floresta, local em que estavam Carl, Lori e Shane (Jon Bernthal), este último colega de trabalho e melhor amigo de Rick.

No começo, a região que eles tinham escolhido para ficar realmente parecia ser segura, mas com o passar dos dias os zumbis também começaram a rondar a área, dando trabalho para os sobreviventes. O principal problema é que eles utilizam armas de fogo como principal estratégia de defesa, somente Daryl (Norman Reedus) consegue agir de forma silenciosa com a sua besta. O alto som dos tiros atrai ainda mais os zumbis para o local, obrigando o grupo a agir rapidamente para evitar que o pior aconteça. Compreender a nova realidade em que eles estão inseridos é fundamental para garantir a sobrevivência, mas a verdade é que na hora do desespero não há muito o que se fazer.

O reencontro de Rick com sua família certamente é um fato emblemático, não só pela sua breve jornada, mas também por tudo o que aconteceu enquanto ele esteve no hospital. Acreditando que não havia possibilidade do protagonista ter sobrevivido ao início do apocalipse, Lori e Shane começaram a desenvolver um relacionamento amoroso. Partindo desse ponto, podemos deduzir que o retorno do policial talvez não tenha agradado a todos... Resta saber como essa situação se desenvolverá no futuro, principalmente quando Rick descobrir o que aconteceu entre Shane e Lori durante o período em que esteve ausente.


Considerações finais
A proposta de The Walking Dead é mostrar como as pessoas passaram a viver em um mundo dominado pelos zumbis. Não há uma explicação para a origem do apocalipse e os personagens tampouco sabem lidar direito com os mortos-vivos. Tudo é uma jornada de descobrimento, e nós passamos a conhecer as coisas junto com Rick e seu grupo. De forma paralela, a atração começa a explorar as histórias de seus personagens, o que nos permite ter uma pequena ideia do temperamento de cada um.

Com uma nova realidade instaurada, valores morais e éticos são constantemente questionados e precisam ser superados pelos personagens. Formada por um elenco praticamente desconhecido, e que acabou surpreendendo nas interpretações, a produção também se destaca pela sua direção de arte. Apesar de ser curtinha (são somente seis episódios), a primeira temporada convence e é capaz de criar boas expectativas para a sua continuação.

Nota
★★★★☆ - 4 - Ótimo


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Herbert Viana

Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV". twitter

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