Análise do jogo Max: The Curse of Brotherhood


Produzido pela Press Play e publicado pela Microsoft, Max: The Curse of Brotherhood é um jogo de plataforma 2.5D de scroll lateral que acaba fugindo do convencional graças aos elementos de puzzle que foram incorporados na jogabilidade.

O game tem uma história bem simples. Ao chegar em casa, Max se vê irritado com Felix, seu irmão mais novo, brincando no seu quarto. Max resolve então procurar na internet alguma forma de fazer o seu irmão desaparecer. Ao abrir um site, Max lê um pequeno texto que provoca a abertura de um portal no seu quarto. Felix acaba sendo capturado e antes que o portal se fechasse, Max decide ir atrás para resgatar seu irmão.

Em sua jornada, Max leva apenas um lápis mágico que é capaz de desenhar pilastras de terra, galhos e cipós de árvores, caminhos de água e bolas de fogo. Esses poderes são dados a Max por uma velha senhora que o ajuda na sua jornada para reencontrar Félix. Tudo no game é bem intuitivo, no cenário existem marcações indicado onde Max pode usar o lápis para começar a projetar algo. Cada cor indica uma habilidade diferente, ou seja, você não consegue desenhar um caminho de água no local onde você deve erguer uma pilastra de terra. A dificuldade dos puzzles aumenta conforme o jogador progride na história. Além do lápis mágico, Max também pode agachar e pular (não existe pulo duplo no jogo).

Se prepare para morrer bastante! Max: The Curse of Brotherhood é traiçoeiro ao surpreender o jogador em diversos momentos. Jogando pela primeira vez e sem saber o que fazer, às vezes fica difícil de evitar uma morte. Isso porque o jogo e exige uma precisão muito grande, um pulo dado antes da hora certamente resultará na morte do personagem. Essa precisão também é exigida na hora de usar o lápis mágico: existem níveis em que você tem apenas uma fração de segundos para desenhar algo para Max continuar avançando pela fase, ou seja, um cipó mal desenhado ou curto de mais também fará com que o personagem morra. Resumindo: você consegue avançar pelas fases na base de tentativa e erro.

É importante ressaltar que estes desenhos nos consoles são feitos com direcional analógico, o que acaba aumentando a dificuldade, principalmente naqueles momentos onde o jogador não tem tempo para desfazer a projeção realizada. É bem comum um desenho não sair como o esperado. Apesar de toda essa precisão exigida, isso não torna a experiência frustrante, já que o game está repleto de checkpoints em todos os níveis, facilitando um pouco a vida do jogador.

No game existem alguns inimigos e Max deve usar apenas elementos do cenário para se livrar deles e conseguir avançar. No decorrer dessa jornada, também haverá alguns chefes para serem derrotados, sendo Mustacho o seu grande alvo, para finalmente conseguir resgatar Félix. Como adicional, nas fases existem alguns colecionáveis para serem recolhidos, como os olhos de Mustacho e pedaços de amuletos.

Visualmente o jogo é muito bonito, tendo a direção de arte se preocupado, inclusive, em provocar intuições no jogador naqueles momentos em que ele se sentir perdido. A trilha sonora também é bem executada, proporcionando uma experiência ainda mais agradável. Disponível para Xbox 360, Xbox One e Windows, esta análise foi realizada como base a versão do Xbox One.


Considerações finais
O grande diferencial de Max: The Curse of Brotherhood é sem dúvida a sua jogabilidade, que propõe uma experiência diversificada nos jogos de plataformas ao misturar novos elementos de puzzle. Sendo muitas vezes traiçoeiro, o game trabalha muito bem o sistema de tentativa e erro, não deixando o jogador frustrado. Talvez o maior problema da jogabilidade seja o direcional analógio: muitas vezes os desenhos não saem como o esperado e o jogador se vê obrigado a refazer a projeção.

A história do game, nos momentos inicias, até parece ser interessante, mas acaba sendo deixada em segundo plano conforme você avança. Apesar não serem profundamente trabalhados, existem personagens carismáticos, como é o caso de Max e a misteriosa senhora que o guia ao longo de toda a jornada. No fim das contas, apesar dos problemas citados anteriormente, Max: The Curse of Brotherhood é sim um bom jogo, indicado para os amantes do gênero plataforma ou para aqueles jogadores que estão em busca de algo diferente dos grandes lançamentos da indústria dos games.

Nota
★★★★☆ - 4 - Ótimo


➜ Você pode ler análises de outros jogos clicando aqui.
Herbert Viana

Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV". twitter

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