Análise do filme Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones


Ambientado alguns anos após A Ameaça Fantasma, o episódio II de Star Wars segue acompanhando a história de Anakin Skywalker (Hayden Christensen), que agora já está bem mais velho e tem compromissos como um Jedi. Sob a tutela de Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor), Anakin se tornou mais rebelde, indo contra algumas regras importantes da ordem Jedi, e ficou mais suscetível a ceder ao lado negro da força. 

Na trama, vemos a República Galáctica passando por sérias dificuldades em razão de um movimento separatista liderado por um antigo aliado da República. Conde Dookan (Christopher Lee), que no passado era um membro da ordem Jedi, traiu seus companheiros e se tornou um Sith. Agora considerado um inimigo, ele e o movimento separatista criam muitos problemas para a República, obrigando os Jedi a serem mais participativos em batalhas, afastando-os do conceito de defensores da paz.

Quando a senadora Padmé Amidala (Natalie Portman) sofre um atentado, Obi-Wan e Anakin são convocados. O jovem Skywalker fica encarregado de protegê-la, enquanto seu mestre parte em uma missão para descobrir mais sobre essa conspiração, o que o leva a conhecer um plano secreto da República. Enquanto isso, Anakin se aproxima de Padmé e os dois começam um romance. Com isso, o jovem se distancia ainda mais das regras Jedi, que proíbem relacionamentos. Aquele que, supostamente, era o escolhido para trazer equilíbrio à força estava cada vez mais deixando suas emoções o consumirem.

Em relação ao seu antecessor, Ataque dos Clones é um filme menos esquecível. Aqui temos uma trama mais movimentada, que realmente se desenvolve durante o longa, além de várias cenas de ação marcantes por todo filme. Percebemos que há algo acontecendo na galáxia, é evidente que o movimento separatista é parte de algo maior, uma conspiração para derrubar a República e os Jedi. O problema é que as melhorias em relação ao filme anterior acabam aqui.

Como já é padrão em Star Wars, a trilha sonora se mantém incrível, mas também não há nenhuma grande evolução nesse aspecto em relação ao episódio I. Já nos efeitos especiais, podemos notar ainda mais problemas do que no filme anterior. Se lá ainda se utilizavam muitos efeitos práticos, aqui parece que George Lucas resolveu criar tudo com edição, o que poderia até ser bonito na época, mas hoje é ridiculamente artificial e sem vida. Durante quase todo o filme, sentimos que falta algo, como elementos reais no meio de tantos efeitos.

Mesmo apresentando um dinamismo maior, em muitos momentos a narrativa ainda é extremamente monótona. Ademais, o romance entre Anakin e Padmé é um dos pontos mais fracos de Star Wars, todas as cenas que envolve o casal são mal escritas e muito chatas, pior do que qualquer coisa vista no episódio I. De forma geral, nenhum dos personagens é realmente legal, falta alguém para nos apegarmos.

O ataque dos clones, que dá título ao longa-metragem, além de demorar a ser explicado, também é muito pouco explorado. Somente no terceiro ato é que vemos os tais clones entrando em ação, numa cena quase épica, mas que envelheceu mal graças aos efeitos exagerados. Muito do tempo da história é gasto com explicações políticas desinteressantes, sendo que poderiam utilizar isso como um pano de fundo para o enredo, que é bom, mas porcamente desenvolvido.


Considerações finais:
Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones consegue ser eficiente em criar cenas de ação com qualidade e progredir um pouco com seu enredo, mas ainda assim, é mais uma falha de Guerra nas Estrelas, sendo bem monótono, enjoativo e não conseguindo estabelecer nenhum personagem realmente interessante. Falta vida no filme, tanto nos seus cenários artificiais quanto na história como um todo.

O longa realmente tenta superar o seu antecessor, mas ele não consegue isso: para cada coisa que a sequência melhora, surge algo que ela faz pior. Anakin Skywalker, o personagem central dessa trilogia, tem uma jornada que em alguns momentos é bem interessante, porém tudo em sua volta é morto demais, além do fato dele ser muito pouco carismático, o que impede a sua parte de brilhar.

Nota
★★☆☆☆ - 2 - Regular


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